quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Sem querer pisquei os olhos e ela (a Estrela) não estava mais lá

   O ano de 2007 passou como uma bala, digo isso hoje, sentado em meu Banco de Pedra com Inscrições Douradas, pensando e relembrando alguns momentos do Ano Velho (no total já somam 21 Anos Velhos na minha vida). Lembro que em alguns momentos torci fervorosamente para que Deus pudesse adiantar Os Ponteiros do Tempo Eterno só um pouquinho. Abro um parênteses para contar que: “- Minha avó tinha um relógio de corda de parede muito bonito, que quando criança, eu adorava desarrumar a hora só para pedir pra arrumar depois. Abrir a portinha de vidro e com os dedos adiantar ou atrasar os ponteiros. Mas essa não é a questão que tenho a tratar hoje, pois o cerne do assunto é o tempo. Que sempre vai, acho que ele nunca vem, pois quando chega, na verdade já passou. O agora termina antes que eu consiga digitar a palavra a-g-o-r-a. Droga! Não fui rápido o suficiente.”
   “- Voltando”. Toda essa nova reflexão em Meu Jardim, deve-se ao fato de existirem as Estrelas Cadentes (não tentem absorver minha lógica, o risco de “se birutear” na tentativa é alto). Ontem (01/01) tive uma experiência interessante na morada terrena de um dos meus Girassóis. Pude ver as últimas estrelas da noite desaparecerem de minha vista, rendendo-se a luz do sol. Elas brilhavam cada vez mais fraquinhas enquanto o dia ia clareando, até que seu brilho sumiu. O tempo de brilharem passou, agora teriam de esperar a chegada da noite para serem vistas novamente. A cena (inclusive registrada no meu celular), levou-me a sentar-me no Banco de Pedra do Meu Jardim e refletir.
   Lembrei que já vi duas (2) estrelas cadentes em todos os meus invernos, primaveras e verões aqui na terra (não citei outono porque não rimou). O fato curioso é que, além do tradicional e supersticioso pedido que fiz para ninguém-que-atenda (acho que Deus não atende essas coisas), atentei para o fato da velocidade de sua passagem. Fixei os olhos no céu, e vi, mas quando percebi que havia visto, PUF!! (efeito sonoro). Já não estava mais lá. Se as Estrelas Cadentes tivessem vida (pelo menos se eu fosse uma) iriam ficar muito triste de passar “assim tão rapidinho”. Mas de certa forma, somos bem parecidos com estes corpos celestes ultra velozes. O Livro Mais Valioso do Mundo, mais conhecido como Palavra Viva, diz que 1000 (mil) anos para O Onipotente são como 1 (hum ou um) dia para nós Filhos de Adão e vice-versa. Pois o Onipotente é o Senhor do Tempo. Lembrei-me disso e pensei, “nossa vivemos aqui apenas um piscar de olhos!”.
   Quem diria, TODA A MINHA VIDA (em média 68,5 anos de acordo com o site do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística¹) é como um piscar de olhos para Ele que Vive Para Sempre. Essa é para mim uma informação perturbadora e confortante ao mesmo tempo. Penso que se tudo aqui na Terra vai passar com essa velocidade toda, logo estarei na companhia do Jardineiro e do Onipotente. Desejo que esse conhecimento alimente em mim a perseverança, pois me fará encarar as dificuldades da vida como “situações mais passageiras que um piscar de olhos”. Pergunto-me neste momento, “O que são 70 (setenta) anos aqui comparado a passar a Eternidade ao lado do Criador?” Me perturba saber que tenho tão pouco tempo para expressar meu amor por aqueles a quem amo. Fico assustado ao pensar que já vivi mais de ¼ (um quarto) da minha vida e ainda não consegui uma piscina de M&M’s para mim. De todas as formas saber que vivemos em um “piscar de olhos” apenas me motiva a aproveitar com maior intensidade os momentos que tenho aqui, a valorizar as coisas boas que o Jardineiro planta em Meu Jardim e a agradecer pela Promessa de Vida Eterna.
   E o Tempo? Ah, no Livro da Vida está escrito que: Há tempo para tudo nos céus e na terra. O Onipotente cuida dele, e o mais legal é que Ele não se atrasa nunca!

¹www.ibge.gov.br